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23 de abr. de 2011

QUE VIOLÊNCIA HEM,,, SEGUNDO LUGAR NOVA TEBAS

Ranking da violência surpreende os moradores da tranquila Nova Tebas

O indicativo surpreendeu a população do pequeno e pacato município, com pouco mais de 8 mil habitantes. Nedino dos Santos, motorista da única funerária existente na cidade, diz que o último assassinato aconteceu 4 meses atrás. “Antes desse, não tenho lembrança de outro. Portanto, não considero a nossa cidade violenta”, avaliou. Na delegacia, não há preso. As duas celas estão vazias. O delegado Juraci Lopes de Souza conta que nem sempre foi assim, mas destaca que hoje a situação é tranquila. A prefeita Heloisa Ivaszek Jensen conta que o município já enfrentou ondas de violência, principalmente na zona rural, motivada pelo roubo de gado. “Hoje, a situação amenizou bastante”, avaliou

O resultado do Mapa da Violência, produzido pelo Instituto Sangari, com base em dados do Ministério da Saúde e que colocou o município de Nova Tebas, no Centro-Oeste do Paraná, em segundo lugar no ranking da violência, surpreendeu a população do pequeno e pacato município, com pouco mais de 8 mil habitantes.
“Deixei a cidade grande em busca de sossego. Encontrei aqui. Quer vida melhor que esta? O dia inteiro sentado na sombra e batendo papo”, afirma Arivaldo Camargo, 44 anos, que há seis anos deixou Curitiba, onde trabalhava como pedreiro, para ser dono de bar em Nova Tebas. “Meu bar nunca foi assaltado. Nem briga acontece. A cidade é bem calma”, acrescentou.
Nedino dos Santos, motorista da única funerária existente na cidade, concorda com Arivaldo Camargo.
“O último assassinato aconteceu 4 meses atrás. Antes desse, não tenho lembrança de outro. Portanto, não considero a nossa cidade violenta. Não sei de onde tiraram esta idéia”.
A presidente do Conselho Tutelar, Maria Helena da Silva, disse que mora em Nova Tebas desde o tempo em que quase tudo era mato. “Não considero a cidade violenta. Algum crime ou delito sempre ocorre, mas são raros. Nossa cidade é tranquila”.
Ela conta que é comum as pessoas ficarem até às 22 horas da noite, com a porta de casa aberta, vendo televisão e nada acontece.
“Ando pelo município inteiro e não vejo violência. Essa pesquisa surgiu da cabeça de alguém que não conhece a nossa cidade. Aqui, é comum as pessoas deixarem as bicicletas na calçada, sem cadeado.
Meu filho deixa o capacete em cima da moto, mesmo durante a noite, e ninguém furta”, acrescenta Maria Helena.
Na delegacia, não há preso. As duas celas estão vazias. O delegado Juraci Lopes de Souza conta que nem sempre foi assim. “Em 2004, quando passei a responder pela delegacia de Nova Tebas, havia uma quadrilha de ladrões de gado agindo na região. Muitos desses roubos eram seguidos de homicídios.
Conseguimos acabar com essa quadrilha e hoje estamos diante de uma situação bastante tranquila”, disse.
Em sua opinião, a pesquisa do Instituto Sangari precisa ser analisada com critério, porque em 2008, por exemplo, foram registrados quatro homicídios. “No entanto, três estão relacionados a uma briga de família, em que um irmão pediu dinheiro emprestado para o outro e, como este negou a emprestar, foi morto, ao lado da esposa e da filha - uma situação isolada.
Em 2007, o único homicídio registrado aqui foi resultado de negligência médica. De uma maneira geral, a situação está tranquila. Não só aqui em Nova Tebas, mas em toda região”.
A prefeita Heloisa Ivaszek Jensen disse que não sabe os critérios usados para a elaboração da pesquisa, porque hoje o município vive um clima muito melhor.
A exemplo do delegado, ela conta que o município já enfrentou ondas de violência, principalmente na zona rural, motivada pelo roubo de gado.
“Hoje, a situação amenizou bem. No ano passado, fizemos algumas reivindicações para o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari, que nos atendeu. Foram feitas algumas blitze policiais, desmanteladas quadrilhas e agora vivemos um período de tranquilidade”.

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